quinta-feira, 26 de março de 2020

Modinha da Gripe Espanhola

Modinha cantada por paciente de 88 anos de idade, que atendi em 1998, em São Paulo. Tratava tuberculose cervical e contou que seu marido falecera com a mesma doença, assim como seu irmão, setenta anos antes. Comentou que havia sobrevivido à Gripe Espanhola, em 1918, mas tinha medo da tuberculose.
A modinha, aprendeu durante a pandemia de gripe espanhola.

Quando eu vinha chegando ao Rio
Ateada com a Gripe Espanhola,
Toda gente no Rio me dizia,
Vai pra lá seu Mané, não me amola.
Mas não é por falar que eu também sei curar,
É preciso um purgante e uma taça de chá.


Rubens Bedrikow

São Paulo, 1998.

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