A favela desaparecendo aos poucos, para dar lugar, em breve, a um bairro novo, planejado, com casas de alvenaria, arruamento, água encanada, energia elétrica e esgotamento sanitário. A maioria dos barracos desabitados, parcialmente derrubados. Poucas famílias ainda estavam morando ali, mas por pouco tempo, pois o prazo para desocupar estava próximo. Quase uma favela fantasma. Avistei a jovem conversando com uma amiga ou parente, atenta a seu bebê no carrinho. Me contou que ia se mudar no dia seguinte, mas que voltaria para construir a casa de alvenaria. Motivo de alegria. Olhou para seu barraco, onde residiu por cerca de sete anos, desde o primeiro dia da ocupação e, com os olhos ligeiramente lacrimejados me disse: “moro ali. Meu barraco faz parte de minha história. Vou sentir falta dele”.
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